Comandante da Marinha mostra que ainda é leal a Bolsonaro e toma atitude que pode representar o fim da sua carreira.
Hoje em dia é muito difícil ter pessoas de confiança ao nosso redor. Bolsonaro foi inteligente ao não tentar nada. Sem saber em quem confiar as coisas estariam perdidas logo logo. O chefe da Marinha se recusou a comparecer à cerimônia de troca de comando. O comandante da Marinha Almir Garnier decidiu quebrar a tradição e não participar da cerimônia de passagem de comando da força.
O evento para formalizar a mudança na chefia da Marinha está marcado para o dia 5 de janeiro, no Clube Naval, em Brasília. No entanto, o futuro comandante Marcos Sampaio Olsen assumirá interinamente o cargo no sábado (31) e representará a força na solenidade oficial.
Diferentemente de uma transição de comando tradicional, Olson só deve tomar posse em cerimônia com a presença do futuro secretário da Defesa, José Múcio Monteiro, do Alto Comando da Marinha e convidados.
O comandante da Marinha queria entregar o cargo antes da posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e chegou a programar uma cerimônia para o dia 28 de dezembro. No entanto, o Alto Comando Naval se reuniu na véspera de Natal e convenceu Almir Garnier a entregar o posto apenas em janeiro.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o almirante da Marinha disse ao Ministério da Marinha que ficou desapontado com a vitória de Lula, por isso quis deixar o cargo antes de assumir. Segundo uma pessoa presente à reunião, apesar de sua vontade pessoal, Almir decidiu encaminhar a decisão para a Academia do Almirante de Esquadrão.
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