Um raio x sobre o caso Celso Daniel

Celso Daniel era o coordenador do programa de Lula na campanha vitoriosa do petista à Presidência da República, em 2002. Foi substituído por Antonio Palocci.
O crime:
O prefeito da cidade de Santo André-SP, foi sequestrado no dia 18  janeiro de 2002. Os sequestradores abordaram a vítima quando ela saia de um restaurante no bairro dos jardins, em São Paulo. No dia 20 de janeiro ele foi encontrado morto, com marcas de tortura e tiros em uma estrada de Juquitiba- SP.

As investigações:
Em abril de 2002 a polícia conclui o primeiro inquérito sobre o caso. A polícia apontou que uma quadrilha da favela Pantanal, da zona sul de São Paulo, havia cometido o crime —um crime comum, sem motivações políticas.

Os irmãos da vítima contestaram esse inquérito. Para eles o crime foi político. Apontaram uma rede de corrupção ligada a rede de transporte da prefeitura de Santo André e empresários do ramo. O esquema se tratava em desviar dinheiro para o PT, com a convivência de José Dirceu e Gilberto carvalho. No fim se tratou de queima de arquivos.
O motivo da queima de arquivo seria a de Celso Daniel barrar o desvio do dinheiro, segundo a versão dos irmãos ele estava cansado disso e parou toda a trama.

O MP resolve reabrir o caso em agosto daquele ano. Agora eles buscavam investigar a ligação dos nomes citados. Tentativa em vão, o ministro da Justiça Nelson Jobim não levou o processo adiante.

Em 2005 o MP de Santo André-SP reabre as investigações. Mais uma vez chegaram a conclusão de crime comum.

Em 2012, o caso é reaberto, dessa vez pelo MP de São Paulo. Surge uma evidência, o assassinato teria sido planejado por Sombra e que o empresário seria o chefe da quadrilha da favela Pantanal.
Desfecho:
O ministério público chegou a conclusão que Celso Daniel era conivente com o fato de haver propina desviada das empresas de ônibus para o PT. Num determinado momento ele descobriu que além da propina pro partido, os que estavam envolvidos no esquema estavam desviando dinheiro para si mesmos. Diante desse fato Celso Daniel não concordou com o desvio de dinheiro para o Enriquecimento deles, ele elaborou um dossiê, com todas as provas, nomes e órgãos envolvidos. O dossiê se perdeu no sequestro.

Os inquéritos se encerram com estes como culpados: Marcos Roberto Bispo dos Santos ("Marquinhos"), Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira ("Bozinho"), José Edison da Silva ("Zé Edison"), Ivan Rodrigues ("Monstro"), Elcyd Oliveira Brito ("John"), Itamar Messias Silva dos Santos ("Olho de Gato") e Laércio dos Santos Nunes ("Lalo"). O sombra, acusado de se o mandante foi preso também, mas em menos de 1 ano o STF concede hábeas corpus.

O caso chega a lava jato:
O MP conclui que o assassinato de Celso Daniel foi um crime comum, mas alguns fatos tem que ser levados em consideração, aproximadamente 6 pessoas envolvidas no crime foram mortas, entre elas o médico legista que constatou que Celso Daniel foi torturado. Essas mortes enfraquece, ao ponto de ser absurdo, o ministério público declarar crime comum. Desde o fato o PT, defende a tese de crime comum, nenhum outro partido tomou posição, o PT defende com unhas e dentes que foi crime comum.

Marcos Valério, preso em 2016 na operação lava jato, fala de um esquema de desvio de dinheiro, cerca de R$ 12 milhões, onde metade seria para pagamento de dividas do PT, e a outra parte para o suborno de um empresário que estaria ameaçando delatar o ex presidente Luís Inácio Lula da Silva como o mandante do assassinato de Celso Daniel.
O PT negou, e disse que vai acionar a justiça sobre o caso.

VÍDEO DO CASO

Edição e texto: Theta Wellington
















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