C0MlDA VENClDA! G0VERN0 PERDlD0, ASTRÓLOGA MARICY TINHA RAZÃO | 27/01/2025

Governo cogita alterar validade dos alimentos para "melhorar economia", mas recua após críticas

A recente ideia do governo federal de alterar o formato das datas de validade dos alimentos, com o objetivo de supostamente reduzir desperdícios e impulsionar a economia, gerou uma avalanche de críticas e preocupações. 

A proposta, que não chegou a entrar em vigor devido à reação negativa nas redes sociais, consistia em flexibilizar o entendimento das informações presentes nos rótulos, permitindo que alguns alimentos fossem consumidos após a data indicada como “preferencial”. A medida, no entanto, provocou forte rejeição de especialistas em saúde, consumidores e organizações de defesa do consumidor. De acordo com o governo, a proposta pretendia "educar" a população sobre as diferenças entre os termos "validade" e "prazo de preferência", incentivando o consumo de produtos fora do prazo indicado, mas ainda seguros para consumo. 

Em tese, a alteração se basearia em critérios técnicos, especialmente para alimentos não perecíveis, como grãos, massas e enlatados, que poderiam ser considerados aptos para consumo mesmo após a data estampada na embalagem. Contudo, essa abordagem foi amplamente vista como uma tentativa de mascarar problemas econômicos e sociais, jogando a responsabilidade sobre o consumidor e arriscando a saúde da população.


As datas de validade nos alimentos desempenham um papel crucial para a segurança alimentar e a saúde pública. Elas não são apenas um indicativo de frescor, mas uma garantia de que o produto está em condições seguras para consumo. Alterar essa percepção, mesmo que de forma educativa, poderia gerar confusão, aumentando os riscos de intoxicações alimentares e outras complicações. Além disso, a medida foi amplamente criticada por desviar o foco de soluções estruturais para o combate ao desperdício, como melhorias na logística de distribuição de alimentos e incentivos à doação de excedentes. 

O presidente Lula, ao comentar a proposta, sugeriu que parte da população exagera na interpretação das datas de validade, afirmando que "não é porque passou um dia que a comida está estragada". A declaração foi amplamente criticada por minimizar a complexidade do tema e ignorar os riscos de saúde associados ao consumo de alimentos vencidos. Além disso, a fala alimentou a percepção de que o governo estaria buscando soluções paliativas para questões econômicas em vez de enfrentar os problemas estruturais do país.


A reação nas redes sociais foi imediata e contundente, com internautas acusando o governo de irresponsabilidade e negligência. Especialistas alertaram que, embora o desperdício de alimentos seja um problema real, ele deve ser combatido com políticas públicas sérias e sustentáveis, e não com propostas que colocam a saúde da população em risco. A pressão popular foi decisiva para que a ideia fosse rapidamente vetada antes mesmo de ser formalizada, demonstrando a força do engajamento público diante de decisões que afetam diretamente o cotidiano das pessoas. 

A tentativa de flexibilizar a validade dos alimentos não apenas expôs a fragilidade da gestão atual em lidar com temas complexos, mas também reforçou a necessidade de um debate público mais qualificado sobre segurança alimentar e desperdício. Se o governo busca soluções para melhorar a economia, é fundamental que essas medidas estejam alinhadas com o bem-estar da população, e não com estratégias que apenas maquiam problemas graves, ao custo da saúde dos brasileiros.

CONFIRA O VÍDEO AQUI

Créditos Maricy Vogel

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