BRAGA NETO AGlU! Bolsonaro Indiciado, Reversão, Sensitiva Gritou no Tarô | 29/11/2024

STF acelera julgamento de Bolsonaro e Braga Netto defende ex-presidente

O Supremo Tribunal Federal (STF) surpreendeu ao indicar que pretende julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados por suposta tentativa de golpe de Estado ainda no primeiro semestre de 2025, antes do período eleitoral de 2026. Essa decisão chama atenção por destoar do ritmo habitual de julgamentos dessa magnitude, que costumam exigir uma análise detalhada e sem prazos rígidos para garantir a observância do devido processo legal. 

A intenção declarada de encurtar o prazo tem gerado questionamentos sobre possíveis prejuízos às etapas do processo e levantado dúvidas sobre a motivação dessa celeridade. A investigação, conduzida pela Polícia Federal (PF), resultou no indiciamento de 37 pessoas, incluindo Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa. O inquérito, com mais de 800 páginas, será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que decidirá se apresentará denúncias, arquivará os casos ou solicitará novas diligências. Especialistas alertam que a pressa no julgamento pode comprometer a qualidade da análise, sobretudo em um caso de tamanha relevância, onde qualquer erro ou vício processual pode ser explorado politicamente ou questionado judicialmente.


Entre os envolvidos, Braga Netto tem sido enfático ao negar qualquer participação em um plano golpista. Em nota publicada no último sábado (23), o militar chamou as acusações de "fantasiosas" e "absurdas" e reafirmou sua lealdade a Bolsonaro. Segundo a defesa do general, ele sempre agiu de forma ética e dentro dos limites constitucionais.

 “Nunca se tratou de golpe, e muito menos de plano de assassinar alguém”, afirmou Braga Netto, classificando as suspeitas como fruto de criatividade exagerada por parte das autoridades e da imprensa. Braga Netto, que foi indiciado como peça-chave em um suposto plano para coordenar um "Gabinete Institucional de Gestão da Crise" em caso de ruptura institucional, é acusado de ter permitido reuniões em sua casa para articular ações contra a posse de Lula. Apesar das graves imputações, a defesa do general acredita que o respeito ao devido processo legal esclarecerá os fatos e as responsabilidades de cada indiciado. Braga Netto, que já ocupou cargos de destaque no governo e no Exército, mantém seu apoio a Bolsonaro e os valores que, segundo ele, os unem.


Enquanto isso, o STF enfrenta críticas por sua postura em acelerar o julgamento. A decisão de priorizar esse caso em detrimento de outros é vista por analistas como incomum, especialmente porque o tribunal busca evitar a politização dos processos em ano eleitoral. A possibilidade de que a rapidez possa sacrificar etapas essenciais do julgamento preocupa juristas e parte da sociedade, que esperam um julgamento justo, independente e detalhado, sem margem para questionamentos posteriores. 

A expectativa é que a análise da PGR e os desdobramentos no STF sigam sob forte escrutínio público e midiático. A acusação de pressa excessiva por parte do STF já alimenta discursos de perseguição política entre apoiadores de Bolsonaro, enquanto opositores argumentam que o tribunal está agindo para evitar que os casos se tornem moeda eleitoral em 2026. O resultado desse processo, independentemente do tempo que leve, terá implicações profundas para a política e a democracia brasileiras nos próximos anos.

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